a vida é bela em Oeiras: Entre Trópicos

Dia 9 de Fevereiro

16 February 2011
Avidaébela António Quina
Paragem Especial
Hoje foi mais um dia especial. Íamos chegar, com grande expectativa, a Fernando de Noronha. Já lá tinha estado uns anos antes. Com a família. A preparar a minha volta ao mundo… e a fazer férias também! Foi aqui que em 2005 ou 2006 tirei o meu curso de mergulho. Tinha um significado especial para mim Noronha. Ia à procura de paz. De Mergulhar. De me abstrair do terreno… de me submergir… no silêncio. Nas cores. Na vida que não vemos…
Nessa altura pensei… vou voltar cá… de barco. No meu barco… Não disse nada a ninguém. Guardei só para mim… e aqui estava eu. A cumprir um sonho…
Noronha é também a primeira paragem “civilizada” em solo brasileiro. Aqui podíamos dizer que quase chegámos… que estávamos a chegar.

Pôr tudo em ordem
Para não acontecer o mesmo que em Cabo Verde em que a chegada foi um granel, em que a maioria das tarefas de bordo ficaram por fazer, desta vez fizemos uma lista exaustiva de tudo o que havia para fazer a bordo e a quem ficava responsável. Organização e Planeamento! A ideia foi do Manel… que em Cabo verde foi quem mais sofreu!!! … e Deu certo! Na manhã antes de chegar ficou tudo impec!


Limpeza a sério!
Levantámos paneiros, lavámos calas, armários, roupa,tudo foi passado a pente fino. E que pente! Os cabelos eram mais que muitos e acumulavam-se por todos os cantos.



O Manel mais uma vez se magoou… é um rapaz irrequieto!


O depósito foi cheio, para libertar os jerricans. Assim quando chegássemos a terra estavam preparados para ir a terra abastecer.


Noronha à Vista!
Esta foi a primeira imagem de Fernando Noronha. Linda. Ao fundo. Com um mar de um azul profundo a contrastar com um azul de céu e um chapéu de nuvens, que discretamente se levanta como que a dar as boas vindas. Viva Noronha…


Ainda não tínhamos chegado e já estávamos a receber visitas… um golfinho veio se apresentar e convidar-nos a seguir até à pequena enseada ao lado do Porto de Santo António.


Chegámos… Fundeámos… fiquei durante longos minutos a contemplar o Louva-a-Deus fundeado… Não, não estava a sonhar… estava mesmo lá… exactamente como há uns anos tinha imaginado… só para mim… se calhar com medo de não cumprir… ou de se rirem de mim… Estávamos lá… com o Louva-a-Deus…


Formalidades
Preparámos o anexo, que se tinha mantido intacto e bem amarrado desde Oeiras, e fomos a terra cumprir as formalidades alfandegárias, com a Polícia Federal e fazer o despacho do barco. Numa palavra. Impecável. Na pequena cabana da Capitania tudo se resolveu de forma mais ou menos célere, sempre com uma enorme simpatia, boa educação e vontade de agradar. Uma verdadeira lição de turismo… Tão diferente de alguns portos portugueses em que quem chega é tratado, na dúvida como suspeito de tráfico… de quê..? de qualquer coisa!





Sossega Leão
O Manel não consegue estar quieto… e logo foi vendo um brinquedo para se entreter… descobriu o género de um taco de baseball a que os nossos queridos policiais meigamente apelidam de sossega leão!... eu diria mais que se assemelha a um mata leão!


Aproveitámos o dia para programar a curta estadia. A marcação dos mergulhos era fundamental. Ir a Noronha e não mergulhar é como ir a Roma e não ver o Papa. Escolhemos para nos acompanhar nos mergulhos a Atlantis, o mais moderno e organizado operador, propriedade de um
francês, o Patrick, que há mais de 30 anos escolheu o Brasil como pátria.
Não resistimos a assistir a bordo ao nosso primeiro pôr-do-sol em Noronha… outros se seguirão… cada um mais bonito que o outro.


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Vessel Name: Louva-a-Deus
Vessel Make/Model: Fountaine Pajot - Salina
Hailing Port: Porto de Recreio de Oeiras
Crew: Uma tripulação da avidaébela®

Entre Trópicos

Who: Uma tripulação da avidaébela®
Port: Porto de Recreio de Oeiras